A Sucellus Agroambiental está pavimentando o caminho para uma agricultura mais inteligente, sustentável e acessível, impactando positivamente pequenos produtores e áreas de conservação no Brasil
(Imagem: Divulgação)
Em um cenário agrícola cada vez mais tecnológico, a Sucellus Agroambiental surge como uma promissora startup dedicada a transformar a gestão agrícola e conservacionista no Brasil.
Conversamos com Rodrigo Felix, sócio fundador da empresa, que nos apresentou a visão, os desafios e as inovações dessa jovem startup – que integra o SNASH, hub de startups apoiado pela Sociedade Nacional de Agricultura.
Ele explica que a Sucellus é especializada em inteligência agroambiental, oferecendo serviços que digitalizam tanto a agricultura quanto o mercado de conservação.
“Nosso objetivo é aumentar a renda do produtor e de proprietários de áreas de conservação privada, como as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs)”, comenta.
A startup utiliza tecnologias avançadas, como sensoriamento remoto e diagnósticos por imagem, para monitorar e gerenciar a produtividade, identificar pragas e avaliar o déficit de nutrientes e água, entre outras funcionalidades.
A empresa opera com um modelo de negócio híbrido B2C (Business to Consumer) e B2B (Business to Business), atendendo tanto produtores individuais quanto cooperativas e associações rurais.
E oferece um “pacote agroambiental” que inclui serviços de diagnóstico e monitoramento, acessíveis através de uma plataforma digital.
“O cliente recebe um relatório detalhado e otimizado para dispositivos móveis, ajudando na tomada de decisões assertivas”, explica Felix.
Uma das tecnologias centrais da Sucellus é o sensoriamento remoto, realizado por meio de aerofotogrametria com drones e imagens de satélite.
“Utilizamos sensores RGB e multispectrais para estimar o índice de vegetação, monitorar a biomassa, identificar pragas e avaliar condições hídricas. Isso permite um diagnóstico preventivo e preciso, fundamental para a gestão rural”, detalha o fundador.
Foco em pequenos produtores e conservacionistas
Rodrigo Felix destaca a escolha estratégica de focar em pequenos produtores e conservacionistas.
“O Agro 4.0 muitas vezes não chega ao pequeno produtor, que é responsável por grande parte da produção de alimentos no Brasil. Nosso objetivo é democratizar o acesso a essas tecnologias, gerando um impacto socioambiental significativo”, ressalta.
A Sucellus busca não apenas fornecer serviços tecnológicos, mas também capacitar esses produtores, ampliando suas perspectivas e melhorando suas práticas de gestão.
Além de seu foco em pequenos produtores, a Sucellus se diferencia pela integração de várias tecnologias em uma solução completa.
“Poucas empresas combinam diagnóstico por imagem, monitoramento macro e microclimático e gestão rural em uma única plataforma. Nosso diferencial está em oferecer uma inteligência agrícola e ambiental que subsidia a tomada de decisões do produtor”, afirma Felix.
Expansão
Atualmente, a Sucellus concentra suas operações no estado do Rio de Janeiro, com clientes em regiões como o Norte Fluminense, Noroeste Fluminense e Baixada Litorânea. A estratégia de crescimento inclui a captação de investimentos e a formação de parcerias locais para expandir a atuação.
“Nosso foco é qualificar parceiros locais para aumentar nossa capilaridade. Já estamos vendendo serviços de diagnóstico, mas buscamos integrar mais funcionalidades do Climatec, nosso segmento de monitoramento climático, que ainda está em desenvolvimento”, explica Felix.
A captação de recursos também envolve parcerias com empresas que têm interesse em gerar impacto social.
“Estamos amadurecendo a ideia de parcerias com grandes empresas e cooperativas, que podem ajudar a viabilizar nossos serviços para pequenos produtores com menores custos”, conclui.
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