Empresas se unem para aumentar a segurança dos credores no agro e passam a se chamar Sette (Foto: Divulgação)
Uma das maiores plataformas de formalização de títulos e garantias agrícolas do Brasil, a Bart Digital, empresa que integra o SNASH, uma iniciativa da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), e A de Agro, agfintech que utiliza algoritmo próprio de inteligência artificial para monitorar e analisar o campo, anunciam a fusão das companhias e a criação da Sette.
A nova empresa será um dos principais players do agro, com uma estratégia de aumentar a segurança dos credores do setor, a partir das soluções oferecidas pela A de Agro e a Bart.
Com o nascimento da Sette, serão mais de 400 clientes utilizando os produtos da nova empresa, além de R$ 27 bilhões em títulos e garantias agrícolas movimentados, com atuação em mais de 1.200 cidades de 20 Estados brasileiros.
Segundo a CEO da Bart Digital e cofundadora da Sette, Mariana Bonora, a junção dos produtos e clientes da Bart e da A de Agro permitiu que a Sette já chegasse ao mercado com uma oferta de valor completa e com presença em todos os elos da cadeia do agronegócio.
“Entendo que esse passo simboliza o amadurecimento não apenas nosso, mas também do ecossistema de agfintechs brasileiro, que conseguiu materializar soluções viáveis e capazes de crescer em um mercado complexo como o agro brasileiro”, explica.
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Proposta
A fusão das empresas têm como objetivo permitir que os clientes em comum tenham maior fluidez na utilização dos sistemas da Bart e da A de Agro em conjunto, bem como incorporar funcionalidades que possam aumentar a proposta de valor que cada companhia oferece.
“Dessa forma, será possível que os parceiros acelerem a digitalização das suas operações de financiamento agrícola, e também possam acessar produtos que aumentam a qualidade dos lastros recebidos”, detalha o CEO da A de Agro e também cofundador da Sette, Rafael Coelho.
Conforme explica o executivo, as empresas apresentam produtos baseados em IA que transformam informações desorganizadas do agro em dados estruturados e precisos, fornecendo aos tomadores de decisão insights e ajudando essa esteira de crédito a ser mais precisa e ágil.
As empresas já possuíam uma parceria há alguns anos, com resultados comerciais relevantes, uma vez que seus produtos são complementares dentro da jornada do financiamento agrícola.
A decisão sobre a fusão, no entanto, foi tomada quando os fundadores notaram a convergência dos objetivos de longo prazo, e a complementaridade dos times. “Percebemos que os times já trabalhavam muito bem nos projetos em conjunto, e que os pontos fortes de cada empresa eram mutuamente reconhecidos e admirados”, pontua o CEO.
O nome para a fusão
Sobre a escolha do nome da nova empresa, Rafael Coelho, explica que o numeral “7” é número atômico do nitrogênio, um dos principais elementos químicos utilizados na agricultura. Além disso, o “7” é um número primo, ou seja, não é divisível, e é essa a tônica da fusão: pensar como uma só entidade.
“Queríamos que a nova marca tivesse o agro escondido e não explícito, acho que conseguimos esse objetivo. Além disso, o 7 é um número cabalístico, tido por muitos como o número da sorte, da completude, da perfeição, adorado por várias religiões e culturas”, completa Coelho.
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