Holding rural: a importância para a sucessão no agro

Na hora de realizar a gestão patrimonial, pensar em todas as soluções e detalhes é essencial. Atualmente, a criação de uma holding rural é um dos principais caminhos encontrados por produtores que estão pensando na questão da sucessão de forma segura e correta. 

No entanto, as dúvidas sobre a criação de uma holding do agronegócio ainda são muitas. Questões que vão desde a necessidade, a forma de realizar corretamente e ainda o melhor momento. Ao longo deste conteúdo, vamos responder essas e outras perguntas sobre o assunto. 

O que é uma holding rural? 

Uma holding rural, ou holding do agronegócio como também é conhecida, é uma empresa que possui a função de gerenciar e controlar diversas outras empresas que possuem atividades relacionadas ao setor agrícola e agroindustrial. 

De uma forma bem simples, e usando o conceito geral de holding, podemos dizer que é como se fosse uma “empresa mãe” que detém participações em várias outras empresas, só que neste caso todas ligadas ao agronegócio. 

Essas holdings podem abranger desde a produção agrícola, como fazendas e cultivos, até a parte industrial, como processamento de alimentos, distribuição e exportação. O objetivo principal é otimizar a gestão, reduzir riscos e aproveitar sinergias entre as diferentes etapas da cadeia produtiva do agronegócio.

Ao concentrar as operações sob uma única estrutura, a holding rural pode facilitar o planejamento estratégico, o acesso a financiamentos e a negociação em larga escala. Essa abordagem visa aumentar a eficiência e a rentabilidade em todas as fases do processo, promovendo um desenvolvimento mais integrado e sustentável no setor agroindustrial.

Qual a importância de uma holding rural? 

A criação de uma holding para gerir e controlar outras empresas é uma prática cada vez mais comum. Quando olhamos para uma holding do agronegócio, muitas vezes, estamos falando de um processo ideal para quem possui várias atividades no setor. 

Além de ser um instrumento facilitador para a gestão patrimonial e para a sucessão, ainda existem alguns benefícios fiscais. A seguir, listamos as 7 vantagens da construção dessa estrutura:

  1. Gestão integrada: a holding rural permite a gestão integrada de diversas atividades relacionadas ao agronegócio, como produção agrícola, agroindústria, distribuição e logística. Isso facilita a coordenação e o alinhamento estratégico de todas as etapas da cadeia produtiva.
  2. Economia de escala: a holding rural pode aproveitar a economia de escala ao centralizar recursos e operações. Isso pode resultar em redução de custos, melhor negociação de insumos e maior eficiência operacional, isso vale principalmente para setores administrativos e de suporte. 
  3. Acesso a recursos financeiros: ao reunir diversas atividades sob uma única estrutura, a holding pode ter mais facilidade para acessar financiamentos e investimentos, já que oferece uma visão mais abrangente e consolidada do desempenho financeiro do grupo.
  4. Planejamento sucessório: como falamos, as holdings são comumente usadas como ferramentas para o planejamento sucessório em empresas familiares. Elas ajudam na transição suave de propriedade e gestão para as gerações futuras, evitando divisões desordenadas e facilitando a continuidade dos negócios.
  5. Governança corporativa: ao consolidar diferentes partes do agronegócio, a holding pode implementar práticas de governança corporativa mais eficientes, promovendo transparência, responsabilidade e sustentabilidade.
  6. Negociações estratégicas: A holding rural pode ser mais atraente para parcerias estratégicas e investidores, pois oferece uma visão ampla e integrada das operações, o que pode ser vantajoso em negociações e acordos comerciais.
  7. Sustentabilidade: ao abranger todas as etapas da cadeia produtiva, a holding pode implementar práticas sustentáveis em todas as fases, desde a produção até a distribuição, contribuindo para uma abordagem mais responsável e ecológica no agronegócio.

Como criar uma holding patrimonial rural?

A criação de uma holding rural envolve uma série de etapas estratégicas e legais que visam otimizar a gestão e proteger o patrimônio. 

No processo de estabelecimento de uma holding patrimonial, a primeira etapa geralmente consiste em um planejamento detalhado, onde os objetivos e a estrutura da holding são cuidadosamente definidos.

Ao definir a forma jurídica da holding, geralmente opta-se por uma sociedade limitada ou anônima, levando em consideração fatores como responsabilidade dos sócios, flexibilidade operacional e questões fiscais. 

Neste momento, é crucial consultar profissionais especializados, como advogados e contadores, para orientação específica, pois a legislação pode variar entre os países e regiões.

A elaboração do contrato social ou estatuto da holding é uma outra etapa importante, afinal,  são estabelecidas as regras de funcionamento, a divisão de cotas ou ações entre os sócios, bem como as estratégias para proteção patrimonial. 

Estratégias como a criação de holdings familiares podem ser implementadas para garantir a continuidade do patrimônio ao longo das gerações.

O capital social da holding é determinado e integralizado pelos sócios, representando os recursos iniciais que serão utilizados para investimentos e aquisições. 

Além disso, a holding patrimonial pode ser utilizada como uma ferramenta eficaz para a gestão de bens e investimentos, consolidando propriedades, participações em empresas e outros ativos sob uma única entidade.

É fundamental considerar aspectos contábeis e financeiros, com a contratação de profissionais especializados para garantir a conformidade com as normas contábeis e fiscais. A holding também pode ser instrumento estratégico para proteger o patrimônio, minimizando riscos e segregando responsabilidades entre as diferentes participações e atividades.

Por fim, é preciso lembrar que é necessário um acompanhamento constante sobre o andamento da holding rural, contar com profissionais sempre atentos às mudanças legais é algo fundamental para o sucesso e a eficácia da holding patrimonial ao longo do tempo, visto que algumas regras e leis podem mudar. 

Quando criar uma holding para empresas do agronegócio? 

O melhor momento para criar uma holding do agronegócio geralmente surge quando a empresa agrícola atinge um estágio de crescimento e diversificação. 

Se a fazenda, a agroindústria, ou a propriedade agrícola está se expandindo, enfrentando aumento nas atividades ou buscando otimizar a gestão de diferentes áreas, a criação de uma holding pode ser benéfica. 

Essa estrutura permite consolidar operações, facilitando a administração e o financiamento para suportar o crescimento.

Outro ponto importante é considerar o planejamento sucessório. Se a propriedade é familiar e há planos para a transição do negócio para as próximas gerações, a criação de uma holding pode ser estratégica. 

Essa medida contribui para uma transição suave, proporcionando uma estrutura legal e organizacional que facilita a continuidade da operação agrícola ao longo do tempo.

Além disso, é preciso avaliar a situação financeira da empresa e considerar os benefícios fiscais e operacionais que uma holding oferece. Para isso, consultar profissionais especializados, como advogados e contadores, garante que a criação da holding seja feita no momento certo, alinhada aos objetivos de longo prazo da empresa.

O SNASH, além de ser o principal HUB de inovação e ecossistema de tecnologia para empresas do setor agro, também é um espaço para trocas de informações e experiências. 

Contamos com profissionais, investidores e CEOs, que já passaram pelo processo de criação de uma holding rural e compartilham este conhecimento de forma frequente, ajudando quem está no caminho, mas com algumas dúvidas. 

Por isso, estar em um ambiente de inovação e compartilhamento como o SNASH proporciona muito mais ajuda do que simplesmente os aprendizados para fazer seu negócio crescer. Entre em contato com o SNASH agora mesmo e receba dicas para toda a gestão do seu patrimônio, inclusive mais dicas para criar uma holding rural.