Startup desenvolveu uma plataforma digital capaz de trazer facilidade e segurança em todos os processos de leilão animal

Conectando criadores, leiloeiros, assessores e compradores de cavalos, a startup Horsebids – que integra o Startup Hub da Sociedade Nacional de Agricultura, o SNASH – criou uma plataforma digital capaz de facilitar e melhorar todos os processos de um leilão de animais, do pré ao pós- venda.

“Estamos começando a consolidar esse mercado,  que hoje é fragmentando, oferecendo tecnologia e serviços para garantir uma boa experiência de ponta a ponta na venda”, explica o CEO da empresa, Fernando Araújo, em entrevista à Revista A Lavoura.

Segundo ele, a ideia do negócio surgiu justamente depois de uma experiência própria, após participar de um leilão para compra de um cavalo.

“Fiz uma compra em um leilão estava disposto a pagar o dobro pelo que acabei pagando. O vendedor fez uma péssima venda. Deixou na mesa o potencial que eu tinha para pagar”, conta.

Ele explica que a Horsebids veio para “garantir que esse vendedor capture o valor máximo que ele conseguir por aquele animal, onde o máximo não é caro, é o justo”.

Para cada processo, uma solução

Na plataforma, é possível acompanhar os leilões e as “redes sociais” dos animais. Imagem: Captura da plataforma Horsebids.

Para isso, a plataforma da Horsebids garante toda transparência e segurança no processo, além de valorizar os animais através da tecnologia.

“Para cada um dos processos temos uma solução”, diz Fernando. Uma delas é a pré-venda, com a criação de uma espécie de rede social dos animais.

“Na plataforma é possível construir uma apresentação melhor daquele animal para o momento da venda. E essa construção dentro da plataforma acontece através do vendedor/ criador criando um perfil para esse animal, semelhante a uma rede social”, explica o CEO.

Nessa rede é possível compartilhar fotos e vídeos de momentos capturados durante a vida do animal.

Também é possível, por meio de um aplicativo personalizado a cada leiloeira ou criador,  monitorar o comportamento de possíveis compradores.

“Antes de lançar o animal no leilão, tem pessoas que já olharam várias vezes o mesmo animal, por exemplo. Com essa informação, é possível criar um perfil do consumidor, e fazer um trabalho de divulgação diferenciado, até a parte da negociação”, comenta.

Essas informações também permitem identificar o apetite do mercado por determinado animal, e se ele está pronto para o leilão ou ainda precisa ser mais trabalhado.

Fernando explica que hoje, a tecnologia não compete com as leiloeiras.Mas vem para facilitar o trabalho delas, principalmente das pequenas.

“O que temos de tecnologia é o melhor que qualquer leiloeira tem no mercado. Poderíamos ter a leiloeira somente como cliente da tecnologia, e ela continua usando a própria estrutura”.

Isto é, o cliente da plataforma pode contatar todos os serviços, ou apenas uma parte.

 

Pós-venda

Os bastidores da realização de um leilão. Foto: Horsebids

Outro destaque da plataforma é a facilitação dos trâmites burocráticos no pós-venda.

“Quando começamos a interagir com o mercado percebemos , uma experiência de consumo péssima (pós-venda) O vendedor é um criador de cavalos, não é uma instituição financeira que neste processo não tem essa responsabilidade”.

Com isso, a Horsebids oferece serviços de gestão e antecipação de recebíveis e a assinatura eletrônica de contratos, e pensam até mesmo em soluções de crédito para financiamento.

“Eles criam o cavalo, se preocupam com o que acontece dentro da propriedade e deixam a parte burocrática com a gente”, pontua o CEO da startup.

“Queremos conceder crédito buscando parceiros para organizar a operação de financiamento dentro do mercado de animais, que ainda não é percebido pelo mercado financeiro”, ressalta.

Ele explica que a ideia da startup é ir além dos leilões de cavalo e incluir outras espécies animais. Segundo Fernando, o mercado de cavalos é de R$ 30 bilhões de reais por ano. No mercado pet esse valor pode chegar a R$60 bi, e somente o mercado de gado movimenta em torno de R$ 140 bi.

“Já transacionamos R$ 51 milhões  em mais de cem leilões e dois mil animais vendidos. E até o ano que vem esperamos chegar a 300 milhões”, acredita Fernando.

Para ler mais, clique em Revista A Lavoura.

Redação A Lavoura