Solução tem o objetivo de facilitar o acesso a compra, venda e distribuição de frutas, verduras e legumes, reduzindo incertezas e prejuízos, e aumentando a lucrativiade. Na foto, o CEO e fundador da Conéctar, Mateus Sampaio (Foto: Reprodução Linkedin)

Neto de um distribuidor de hortifrúti do Ceasa de Belo Horizonte (MG), o engenheiro Mateus Sampaio criou uma plataforma capaz de diminuir as dores de quem vende e compra frutas, verduras e legumes (FLVs).

Foi assim que nasceu a Conéctar, com o objetivo de democratizar o acesso a compra, venda e distribuição de hortifrúti, e gerar mais transparência e eficiência do campo para a mesa. A empresa integra o Startup Hub da Sociedade Nacional de Agricultura – SNASH.

O CEO e fundador da empresa, Mateus Sampaio, explica que a plataforma, criada por outros dois sócios, trabalha para resolver os desafios e prejuízos dos distribuidores de hortifrúti de um lado, e dos consumidores, ou food service, como restaurantes e escolas, do outro.

“Os food service têm muita insegurança na qualidade dos produtos e no horário da entrega, porque trabalham com produtos perecíveis e de baixíssimo estoque no estabelecimento, além do desafio de múltiplos fornecedores diariamente e dificuldade na comparação de preços”, diz o CEO.

“Já na outra ponta, quando falamos de distribuidores, principalmente do Ceasa, eles possuem muita inadimplência , tem uma gestão arcaica e pouco digital. Com isso, acabam tendo uma dificuldade na expansão comercial, com muitas falhas nas separação dos itens e produtos”, completa.

A solução

A Conéctar é um marketplace especializado em hortifrúti, que facilita o processo de compra e venda, comunicação e logística, entre os distribuidores e os bares, restaurantes e escolas.

Os comparadores de FLVs muitas vezes têm dificuldade em calcular ou buscar preços competitivos por conta da falta de padrão dos produtos e da alta volatilidade, o que impede a comparação no mercado.

Isso, segundo Mateus, leva a uma baixa competitividade e um excesso de tempo gasto na jornada de compra.

“De um lado, o distribuidor entra na plataforma e cadastra suas rotas e itinerários diários. A Conéctar, então, oferece aos food service acesso aos melhores distribuidores da sua região e o pagamento flexível, negociado diretamente na plataforma”.

Ele explica que o food service paga uma taxa de serviço que está inclusa no preço do produto, mas que também pode contratar ferramentas premium para ajudar a reduzir os custos de gerenciar as compras.

Para o distribuidor, a plataforma mostra os possíveis compradores na rota.

“A Conéctar consegue passar para o distribuidor possíveis clientes por onde ele está passando. Aumentamos a lucratividade da rota dele, diminuimos a pegada de carbono e ao mesmo tempo garantimos o pagamento, deixando ele com inadimplência zero”.

Muito mais que um marketplace 

Mateus explica que a Conéctar é um meio de pagamento e também possui um modelo de fintech.

“De um lado, oferecemos ao food service prazo de pagamento de acordo com a sua necessidade e, do outro, garantimos o repasse desses valores aos distribuidores em prazos negociados individualmente. Com isso, conseguimos oferecer adiantamento de recebíveis e, espero que em breve, créditos para esses distribuidores também.”

Hoje, o comprador busca pelos itens que precisa na plataforma, onde compara todos os distribuidores disponíveis no seu local e horário de recebimento e a avaliação de cada um deles.

Se o ticket médio for mais alto, a Conéctar sugere a melhor compilação entre distribuidores para reduzir o valor total daquele pedido ou até mesmo melhorar a qualidade da mercadoria, pegando os melhores itens de cada distribuidor.

Em um dos casos de sucesso um restaurante no Rio de Janeiro, que possuía apenas um distribuidor a um custo muito alto, ao entrar na plataforma conseguiu reduzir em mais de 17% os custos de compra em apenas um mês e conta hoje com 5 distribuidores diferentes.

Na outra ponta, um distribuidor que havia sofrido muito com a pandemia, e que fazia suas vendas por whatsapp, conseguiu aumentar as vendas, aumentaram em 320% seu faturamento, conta Mateus.

 

Redação A Lavoura