Empresa utiliza resíduos da produção de bovino e suínos, lodo de esgoto e restos de materiais da construção civil para fabricação de produtos como argamassas e colas com sustentabilidade
Reaproveitando resíduos da pecuária, na produção de bovinos e suínos, e os restos da construção civil, a Green Group – Recovery Solutions desenvolve materiais para construção inovadores baseados na bioeconomia e economia circular.
A empresa integra o SNASH, hub de startups da Sociedade Nacional de Agricultura, no Rio de Janeiro, o qual proporcionará valiosas oportunidades de conexões com um grandioso grupo de técnicos e profissionais do mercado nacional e de diferentes tecnologias emergentes.
“Através da Green Group – Recovery Solutions a ideia é criarmos um pool de empresas inovadoras e com soluções de alto impacto, somando as valiosas conexões com as comunidades de inovação voltadas a P&D, economia circular e bioeconomia, focando em linhas de pesquisas comprometidas em encontrar soluções sustentáveis para os problemas ambientais enfrentados pela sociedade mundial, meio ambiente e à saúde pública”, explica Edson luiz Dallagnhol, Co-Founder e CEO da empresa.
O impacto dos resíduos no planeta
A geração de resíduos é um problema global crescente. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, são produzidos cerca de 230 mil toneladas de resíduos por dia, sendo que apenas 58,4% são coletados, e apenas 33% são destinados a aterros sanitários inadequados.
Além disso, o descarte de resíduos orgânicos pode causar a infecções externas, a contaminação do solo e da água, e a emissão de gases de efeito estufa.
Já a construção civil é responsável por cerca de 50% dos resíduos sólidos gerados no país. Esses resíduos muitas vezes são descartados em locais inadequados, causando danos ao meio ambiente e à saúde pública.
Além disso, a produção de cimento, material amplamente utilizado na construção civil, é responsável por cerca de 8% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2).
Desenvolvimento de produtos
A Green Group vem desenvelvendo pesquisas e tecnologias para a recuperação de resíduos sólidos, especialmente resíduos de construção civil, e também tornando-se pioneira no desenvolvimento de reutilização de lodo excedente de esgoto, das estações de tratamento.
A empresa reutiliza esse material que seria descartado para produzir compostos cimentícios, em especial biocolas por meio de processos de mineralização.
A biocola, por exemplo, é um dos produtos desenvolvidos pela empresa. É uma fórmula inovadora de cola para assentamento de alvenarias de vedação, produzida a partir de resíduos de construção civil (RCC), resíduos da pecuária (bovinos, suínos etc), colaborando para a sustentabilidade do agronegócio, e lodo excedente de esgoto.
“Muito mais que pesquisas, criamos novos processos, produtos e equipamentos, e o melhor de tudo, oportunidades de conexões entre diferentes profissionais e setores industriais geradores de resíduos, os quais reinventaremos o conceito de recuperação e destinação de resíduos no mundo”, afirma Dallagnhol.
Projetos em andamento
Outro projeto de pesquisa vem sendo desenvolvido em parceria com o Biopark, localizado em Toledo, no Paraná.
Recentemente a empresa anunciou uma grandiosa descoberta: um composto descrito como o “Geoconcreto” que será validada e aperfeiçoada junto ao núcleo de pesquisa do Biopark.
A descoberta trata da utilização de resíduos sólidos e elementos químicos específicos e em dosagens controladas, podendo criar solidificações instantâneas e sustentáveis, sem a utilização de cimento tradicional, ou mesmo, melhorar as formulações existentes de argamassas colantes.
Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, todas as linhas de pesquisa geram uma grande oportunidade de descarbonização, gerando novos segmentos de crédito de carbono em escala.
Conforme destaca Rodrigo Vasconcelos, COO da Green Group, “a empresa se destacará nos próximos anos com grandes disrupções industriais e parceiros comerciais de grande relevância mundial, com iniciativas viáveis baseadas em economia circular e bioeconomia, principalmente com as conexões entre as comunidades e startups que possuem grandes dificuldades em acessar demandas de mercado nacional e internacional.”
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Fonte: Green Group