Solução permite o controle da saúde financeira da propriedade e a análise de rentabilidade da lavoura

Reunindo dados do campo e do escritório, o software da Aegro, empresa que integra o Startup Hub da Sociedade Nacional de Agricultura – SNASH, oferece uma tecnologia capaz de organizar a vida do produtor e melhorar a gestão da fazenda.

Junto com outros sócios, Pedro Dusso, CEO da Aegro, fundou a empresa em 2014, focada no planejamento e análise de lavouras.

“Nossa ideia era que se produtores e agrônomos tivessem acesso a mais dados, históricos do que aconteceu durante as safras, eles poderiam observar mais essas correlações e tomar decisões melhores”, conta Dusso em entrevista à  Revista A Lavoura.

Além da gestão puramente agrícola, o CEO explica que observou que os produtores tinham os dados financeiros e contábeis como um grande desafio no dia a dia. Foi então que a empresa expandiu sua tecnologia para ajudar na governança administrativa das propriedades.

“Hoje o Aegro é um sistema de gestão de fazendas tudo em um. Onde o produtor tem as ferramentas mais simples, mas extremamente eficientes para tomar conta dos custos, das despesas, da parte tributária, livro caixa”, explica Dusso.

“Mas por trazer o DNA agrícola lá do início, conseguimos entregar para o produtor rural uma visão de performance financeira dos talhões da fazenda. Ele para de só olhar a produtividade no talhão e combina a visão de rentabilidade. Como esses dois universos de informação ele consegue gerenciais melhor o negócio dele”, complementa.

Jovens e mulheres em busca de tecnologia

Pedro Dusso, CEO da Aegro. Foto: Divulgação

A Aegro atende hoje 2300 clientes com fazendas de 100 hectares a 8 mil hectares. Dusso destaca que no perfil dos clientes, os jovens, filhos de fazendeiros, e as mulheres vêm demonstrando maior interesse pela adoção da tecnologia.

“Essa nova geração é uma promessa que vinha sendo feita há alguns anos, e ele está sendo realizada. É incrível ver os filhos saírem para estudar, trabalhar fora, e voltarem para a fazenda com esse olhar de eficiência de controle e organização que eleva o negócio, e adoção alguma solução de software”, explica.

“E as esposas dos produtores…é incrível a quantidade de demonstração que fazemos para mulheres que enxergam na tecnologia um caminho para se tornarem ainda mais protagonistas dentro da fazenda. Estão adotando muito esse papel de gestão da fazenda. Acabam se tornando a CFO da operação”.

Vantagens do uso do software

Uma das fazendas atendidas pela Aegro no Rio Grande do Sul. Foto: Divulgação

Entre as vantagens para o uso do software está a maior organização da vida contábil do produtor, o que ajuda no controle de gastos e na hora de mostrar a saúde financeira da fazenda quando se busca acessar crédito no mercado.

“Ele tem muito pouco esforço. Acelera o processo de tomada do recurso e aumenta a chance dele captar o recursos. Além disso, permite que o produtor negocie um pouco melhor com o projetista de custeio, que cobra uma taxa relevante dessa tomada de crédito dele”, avalia Dusso.

Segundo o CEO, o projeto de custeio sai praticamente pronto do Aegro, reunindo informações de receita, despesas, inventários de máquinas e equipamentos, entre outras informações.

O software também ajuda o produtor a pagar menos imposto, ao ter em dia o livro caixa, além de evitar o pagamento de multas de boletos, uma vez que possui um sistema de alerta de pagamento.

“Nosso proposta é organizar os dados da fazenda da melhor forma possível (…) Livro caixa em dia, boleto em dia, tudo no seu lugar para o produtor ter calma para pensar no negócio”.

Boa parte dessas informações é automatizada, por meio da conexão do sistema às secretarias de Fazenda dos estados, o que permite importar notas fiscais, por exemplo.

No campo, os dados coletados também podem ser automatizados, se o produtor utilizar máquinas da John Deere e Stara, ou a plataforma Climate FieldView, da Bayer.

“Essas conexões automáticas fazem com o que o produtor não precise fazer absolutamente nada e consiga importar os dados automaticamente”.

 

Redação A Lavoura